terça-feira, 13 de novembro de 2012

Coisas da (minha) Vida



CoIsAs dA (mInHa) ViDa

Eu já deveria estar habituada às surpresas constantes que a vida me concede, mas confesso, não me acostumo.
Cada vez é como a primeira, mesmo que seja a décima, a centésima, o sabor é sempre único e eu me delicio!

Estou particularmente feliz, por ter vivido todos os momentos de até hoje: foram mágicos, lindos e inesquecíveis (a maioria) .
Em alguns senti um acolhimento doce, energia e carinhos que há muito não percebia ou sentia mais nas pessoas... coisa de família.

Sei que pra toda existência, há uma programação, um propósito e eu, nessa sandice de querer experimentar de tudo um pouco, fico pra lá e pra cá, tentando sorver o gosto de cada instante pra guardá-lo no coração e evoluir minhas percepções.
Peço perdão se sou tão intensa, apesar de tentar corrigir (sem sucesso), a profusão de ações e reações que causo aos ambientes! As vezes sou freada - e preciso - por alguém com mais bom senso. 
 Sinto que em ocasiões assusto, causando reações involuntárias de auto-defesa, de antipatia, mas no fundo, como todo mundo, não sou mais que uma menina querendo um pouco de aprovação e o direito ao aconchego.

Já tive meus momentos rudes, minhas revoltas injustificadas, minha pseudo-coragem travestida de arrogância, mas sempre dói mais na gente que nos outros tais frutos e o sabor travoso é mais intenso na nossa própria garganta.
No fundo sou só carente, bobona, insegura e imatura, tentando sobreviver nessa selva, agora, literalmente, sem pai nem mãe!
Já fui muito tola quando achava que esperneando conseguiria alguma coisa e, a vida me provou que sim! Consegui desgastar relações promissoras, afastar bons conselheiros,
irritar familiares. 

Levou tempo pra aprender que "conquistar" não é um ato vândalo, mas um exercício constante de paciência, sabedoria e estratégias lentamente aplicáveis.
De todo jeito, eu sou "cachorrenta"... sim, os caninos são assim como eu (ou seria eu que sou um pouco como eles): amáveis, disponíveis, carentes, incondicionais e muito dependentes! (risos)
Sei que o universo conspira nos meus mais casuais encontros!
Talvez, por eu ser a única louca disponível e disposta a embarcar nessa epopéia de guerras invisíveis e destruição iminente do velho e do novo, já viciado em ser mal entendido... digo: não sei as proporções de nada! Mas sei: tudo irá mudar!
Transplantei a flor da esperança pra um pedacinho de chão dentro de mim... e estou cuidando dela!

Espero dessa epopéia de heróis anônimos, muitas outras coisas belas e inigualáveis, aprendizados e sentimentos se desenvolvam, se afinizem e nos evolua.
Sinto, por vezes, uma certa vertigem, um desnorteamento... 
Espero sobreviver!!!  e usufruir a honra de servir e restaurar a conexão Divina.

Amo.  Desde antes... desde agora... desde sempre!

AlGo De MiM



Eu queria ser,
Uma mulher de linhas tênues,
Gestos educados e voz pacífica,
De olhar delicado e trejeitos sutis,
Passos ritmados e lentos,
Sorriso discreto e tez pálida,
Cabelos comportados, de poucas palavras.
Mas, eis que sou,
Esse ser de figura que assusta,
De onde a quietude e a calma se afugentaram...
Sou esta mulher de cabelos mesclados,
De formas volumosas, de gestos amplos e palavras pulsantes!
De olhar arisco e investigativo, de voz aguda e palavras cortantes.
Meus passos são rápidos e em som vibrante,
vão rompendo a frieza dos mármores.
Trago a respiração ofegante e a coluna ereta pela coragem
De quem surpreende com a chegada que não se espera.
Sou valente como os antigos heróis e as extintas amazonas!
Tenho o coração febril na temperatura que ferve o sangue de quem ama.
O cio em mim é como o suor do meu corpo,
Transborda pelos poros!
E ainda assim, quando amo flutuo,
deixo meu corpo ir,
sem medida, pulsar além dos sonhos,
no arfã dos desejos, a volúpia de ter vida!

DoCe EnCoNtRo

         
Tu tens a sinfonia de um nome que parece transpor o tempo... 
Não sei se de hoje ou de antes... se é verdadeiro ou só um desejo que vejo... 
Guardei em mim, translúcido implante, tuas digitais e respiros ofegantes de um encontro sem palavras, de corpos amantes. Mas nem sei o que fazer com deslumbre tão estranho, de esperar por tanto - o toque, da tua alma que se funde à minha, na riqueza das palavras que se despejam em nossas bocas e do sorriso que me inunda a face. Quase uma tatuagem que não se desfaz em sua presença. 
Não sei dizer do instinto, já adormecido e intocado, despertado pelo acaso do destino, anjo-menino, que de asas curtas velozes, faz atrozes todo bom senso. 
Tenso... é o que insegura as mãos trêmulas que te buscam no vazio do silêncio do que não compreendo. 
Abri, perante teus argumentos, os olhos dormentes e vi, algo que a compreensão já não distinguia, porque minha dor, de cicatriz tardia, ainda doía e me nublava os sentimentos. 
Me sinto presa abatida, sem resistências ou escapismo, de sorver a alegria que invade, mesclada de tormentos e aguerrida pela insanidade: adiante, mil possibilidades dessa louca vida. 
Bastou um "sim" pra que tudo tomasse outros rumos e nuances, carregadas ainda, das cores antigas de antes, mas novas, diferentes, mais atrevidas! 
É... tua imagem facetada tem mil faces, a serem desnudadas e engolidas por um artista, que é capaz de enxergar arte em todas as frestas, como luz, que inunda o menor dos vestíbulos, e o faz Ser, único! 
Mas eis que surge, do mais profundo de nós, um mar esbravejante, que represado se agita, querendo uma fuga incessante, pra viver enfim o destino de sempre: eterno amante. 
Tenho medo e desejo... receio e coragem! Porque já não se sabe, até onde... 
Mas deixa! Deixa ser o que jamais pôde... o que se perdeu nos labirintos da tua busca... e te permite sorver meu gosto, que em oposto de toda tua procura, uma outra doçura se mostra: a que jamais provou o teu corpo. 
O tempo é outro, te juro! De ser feliz completamente, um pouco e aos poucos mais. 
Estende-me tua mão, ó alma, filha de minh'alma, antiga amante de sempre e faz contente o que teu presente espera há tanto! 
Cola tua boca na minha, teu corpo no meu e que seja o que Deus quiser, que sempre quer, sempre quis, te ver, me ver, muito, muito, muito... só feliz! 

Porque você me faz, eu ser o melhor de mim!

Beijos multicoloridos,

LeNíSsImA




segunda-feira, 18 de junho de 2012

MARES DE NÓS...




Quero o direito de ser feliz sem me calar a garganta ou castrar os argumentos febris!
Sim! Sinto raiva e culpa impotente, mas não! não escolhi nascer assim: do lado mais frágil e quebradiço da corda (que sempre arrebenta).
E me inquieto por saber, porque a dosagem de amar deve ser "suave e homeopática", se a intensidade do sentir é tão ampla e fértil como a de deuses e imortais?
Não quero cerceado meu direito de ser eu mesma, ou a intensidade de me abrir ao desafio e sentir, quem sabe sombrio, o que em teu peito se esconde nas penumbras dos teus medos (e segredos).
Eu nada quis de ti, nada além do espaço bem fazejo da companhia doce e do terno ouvir, do que até de ti, te escondes.
Vim te pedir, isso sim, pra arrancares as cortinas negras da tua janela, deixar entrar um pouco de vento e sol... e sentir, no tremular das folhas embaladas de inquieta virtude, a inquietude de tudo que de longe vem e vai... sem medo da perda do que não se tem.
Mas se quiseres, encosta em mim o teu cansaço, o corpo dolido dos desafios de provar pra si mesmo que és capaz de ressurgir de tuas próprias cinzas, de curar tuas feridas antigas e respirar, como quem emerge de profundas águas e vislumbra fora, um jeito novo de andar!
Deixa eu ladear tua trilha, me avizinhar... e em silencio ver teus passos, sem interferir na rota ou no traçado... só velar teu andar ou suspiro... só olhar?
Não me põe pra fora do teu sorriso, do teu abraço, do teu murmúrio, pois por isso, nada fiz e não mereço... nada vim levar... só dar de mim, me deixar.
Estende tua mão com calma, alma pedaço de minh'alma, e sê feliz, só um pouquinho, porque todo ninho, ainda que sozinho, leva à algum lugar um pedaço de eternidade.
Te acolhe enfim, em ti, a beleza infinda de quem navega em alto-mar (sem bússola ou mapa), só pra ver a luz sobre as ondas, a vela a tremular e saber, que qualquer lugar que se chega, é o lugar de chegar!